Atividades realizadas no CCFI em julho e agosto

Com sede em Roraima, na cidade de Boa Vista, o Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI), fundado e dirigido pela Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), oferece constantemente inúmeras atividades para a população indígena migrante e refugiada, conforme consta em seu Relatório Bimestral.

Nos meses de julho e agosto a programação de cursos, oficinas e capacitações aconteceram dentro do programa de formação continuada e com foco em promover meios de vida e soluções duradouras para possibilitar que os indígenas em condição de vulnerabilidade possam ter a chance de dar prosseguimento às suas vidas. Dentre essas atividades estão:

>> Programa de Formação Continuada para o Desenvolvimento (PFCD)

Quinze estudantes se matricularam na terceira turma, enquanto as práticas da primeira e segunda turmas seguem acontecendo. Construído com base na observação das demandas do público indígena migrante, o PFCD é composto por três fases: Acolhimento, Capacitação e Desenvolvimento.

1. Acolhimento: Trata de identificar os interesses, aptidões, habilidades e campos de mercado.

2. Capacitação: Nessa fase os cursos são disponibilizados aos interessados. Nesse bimestre aconteceram:

  • Estudo do idioma português: capacitação de 21 indígenas na fala, leitura e escrita
  • Inclusão digital: curso de informática avançada com 10 concluintes
  • Oficinas profissionalizantes: Doces e Salgados, Corte de Cabelo, Serviços Gerais e Limpeza

3. Desenvolvimento: composta por: Trabalho – Inclusão Socioeconômica, Empreendedorismo, Finanças e Economia Doméstica.

Inclusão socioeconômica ofereceu: orientação sobre direitos e deveres trabalhistas; preparo para entrevistas de trabalho; cadastros e cartas de indicação para entrevistas e emprego; encaminhamento para entrevistas e provas de seleção; participação em mutirão de contratação; indicação de currículos; encaminhamento de candidatos PCD, sendo que um deles foi contratado.

Empreendedorismo ofereceu:

  • Oficina de Promovendas: como comercializar produtos;
  • Curso de Empreendedorismo: como montar seu próprio negócio.
  • Oficina de Confecção de Calçados: na prática como produzir sandálias
  • Feira Integrarte: cinco grupos indígenas migrantes comercializaram seus produtos
  • Prática e Produção de Corte e Costura no Ateliê do CCFI
  • Inauguração de barbearia no CCFI – espaço e equipamentos
  • Lançamento do Espaço Arintak – novo local de assessoria para empreendedores

Finanças ofereceu: curso de Educação Financeira

>> Fortalecimento da Cultura Indígena

Na parte de fortalecimento da Cultura Indígena foram realizados:

  • Curso “Vovó Barro”: experientes ceramistas ensinaram como fazer panelas de barro
  • Oficina de Medicina Tradicional: manipulação de plantas medicinais para produção de medicamentos
Curso “Vovó Barro”

O bimestre contou ainda com algumas novas iniciativas como:

  • Assessoria para organizações indígenas: nova linha de apoio para associações e cooperativas indígenas
  • Ações com Comunidades Indígenas: visitas às comunidades para incentivo a planejamentos de ações
Ações com Comunidades Indígenas

>> Ação conjunta

Muito importante também foram as atividades realizadas com outras organizações:

Projetos que envolvem a ampliação de diálogos e discussão de propostas para melhoria dos ambientes sociais da cidade de Boa Vista.

Entre as entidades apoiadoras estão Museu A Casa, Fundo de População das Nações  Unidas (UNFPA), União Europeia, Fundação Avina, Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos.

Há ainda interação com organizações governamentais e não governamentais, agências da ONU, empresas e universidades.

Com o SESC Mesa Brasil houve captação e distribuição de alimentos, com a ONU Mulheres, iniciou-se diálogo sobre Empoderamento Econômico de Mulheres Refugiadas e Migrantes.

Todos esses passos podem ser acompanhados com detalhes no presente relatório, realizado com gratidão pela Fraternidade – Humanitária (FFHI).

Distribuição de alimentos