Missão Roraima Humanitária – chegada de nova equipe de missionários

Sábado 20/05 a 27/05 sábado

Reunião no Núcleo-Luz

O sábado, 20, foi um dia de transição com a chegada da nova equipe de missionários da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional. Ocorreram várias reuniões durante o dia, com refugiados não indígenas e indígenas e com os seus líderes, para ouvir as solicitações e verificar a situação do CRI – Centro de Referência ao Imigrante. “Observamos que pelo excesso de pessoas no lugar, são necessárias melhorias nas condições sanitárias e na hospedagem dos refugiados. Foi um dia de rever muitos dos que estão ali desde o início e de selar nosso compromisso de ajuda humanitária com eles”, disse Clara, missionária da Fraternidade.

Ensaio do Coral

No período da tarde ocorreu uma reunião no Núcleo-Luz de Figueira em Roraima com 26 voluntários e colaboradores da sociedade que foram chamados para darem apoio ao trabalho com os imigrantes. Participaram representantes das Universidades Estadual e Federal de Roraima e das igrejas Católica e Evangélica.
“Foi um momento de troca de ideias e informações, os colaboradores afirmaram seu apoio ao abrigo em dias específicos da semana e onde também nós pudemos ouvir as opiniões deles. Foi uma reunião muito produtiva”, explicou Clara.

Núcleo-Luz de Figueira em Roraima
No domingo, dia 21, foram realizadas tarefas de harmonização no Núcleo-Luz, como a organização do estoque das doações recebidas e reuniões de planejamento e preparo para a próxima semana. Houve também o ensaio do coral do Núcleo-Luz de Figueira em Roraima.

Reunião com a Defesa Civil

Resolução de conflitos
A segunda-feira, 22, foi um dia de diversas reuniões para resolução de conflitos no abrigo, envolvendo uso de drogas e prostituição. Ficou decidido que os portões do CRI ficarão fechados e com a vigilância em revezamento dos refugiados, para receber as pessoas que chegam. Devido a estes problemas a Defesa Civil, em reunião com os missionários no final desta semana, decidiu que os imigrantes venezuelanos do sexo masculino, jovens e não indígenas deverão deixar o abrigo.

Foi reorganizado o espaço das acomodações das famílias para que as pessoas que estavam abrigadas na parte externa pudessem ficar na parte interna.
Foram acompanhados muitos casos de saúde, com ocorrência de casos de malária, febre e infecções.
Durante a semana aconteceram novas reuniões de reconciliação, ajustes de postura e colaboração para encontrar soluções de convívio no abrigo.

Chegada dos colchonetes

Doações
Prosseguiram as captações e o recebimento de doações de diversos grupos,  tanto de particulares da sociedade que vão até o CRI fazer as doações, como  grupos de universidades e religiosos. Foram recebidos durante a semana colchonetes doados por um Frei Franciscano, frutas trazidas pelo SESC por meio do Programa Mesa Brasil, alimentos do Projeto Alimentar da Igreja Universal, utensílios domésticos e produtos para curativos doados por uma farmacêutica.

Prosseguiram os atendimentos de saúde, com casos de desnutrição infantil e as doenças decorrentes deste problema. Os missionários efetuaram um trabalho de conscientização com as mães, para que comuniquem o mais breve possível qualquer problema de saúde que percebam em seus filhos.

Terminado censo dos imigrantes no abrigo, que agora fará parte da rotina do CRI e será feito toda a semana.

Com o surgimento de novos líderes indígenas, missionários retomam o trabalho de fortalecer estas lideranças.

Horta
Iniciada a construção da horta do abrigo, que está sendo conduzida pela Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que já treinou quatro imigrantes para a tarefa. Foi feita a preparação do terreno (limpeza com retirada do lixo), e foram trazidas da Embrapa mudas de banana e mandioca para serem plantadas e varas de eucalipto para serem utilizadas na confecção das cercas. Outros dois imigrantes voluntários foram a Embrapa para fazer uma seleção de retirada de sementes de pupunha, que serão distribuídas no CRI.

Missionária orienta voluntários

Voluntários de igrejas
Voluntários das igrejas católica e evangélica estiveram no CRI e se prontificaram em acompanhar, duas vezes por semana, os imigrantes com problemas de saúde nos atendimentos em clínicas e nos exames.

Colaboração de estudantes universitários
Uma equipe composta de um médico pediatra e também professor da Universidade Federal de Roraima, acompanhado de seis alunos de medicina, estiveram no abrigo e se ofereceram em atuar de forma voluntária.

Estudantes no mutirão de limpeza

Outra equipe da mesma universidade, formada pelo professor e cerca de 30 alunos do curso de Relações Internacionais, fizeram um mutirão de limpeza na parte externa e interna do CRI.

Fotografia para refugiados
Uma voluntária portuguesa tem visitado diariamente o CRI. Ela tem um projeto que ensina fotografia para refugiados. Ela deixou máquinas fotográficas digitais com as crianças indígenas para que elas fotografem, e pretende fazer depois um relatório de pesquisa com o material.