Missão Roraima Humanitária em Boa Vista – imigrantes indígenas e não indígenas em abrigos diferentes

  Segunda-feira 30/10 a domingo 05/11

Segunda-feira 30 de outubro

Acnur e Fraternidade realizando cadastramento no novo abrigo

Atividades de artesanato, aulas de violão, espanhol e português na escola do CRI – Centro de Referência ao Imigrante.

Visita de religiosa da Pastoral da Criança e missionária da Coordenação Nacional da Diocese de Roraima. O objetivo foi organizar uma futura atividade no local.

Missionários da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, foram ao novo abrigo de Boa Vista, no ginásio Tancredo Neves, e ajudaram no cadastramento dos imigrantes venezuelanos.

Terça-feira 31 de outubro

Imigrantes não indígenas deixando o CRI

Imigrantes venezuelanos não indígenas tiveram de deixar o CRI. Eles foram para o novo abrigo do Ginásio Tancredo Neves, onde ficarão os imigrantes não indígenas.

“Mais da metade dos imigrantes não indígenas deixaram o CRI com pesar. Ficaram com receio de não encontrarem as mesmas condições que hoje temos no CRI. Porém alguns conseguiram se juntar e alugar um local para morarem juntos”, disse Alexandrina, missionária da Fraternidade.

Cerca de 140 imigrantes indígenas que estavam no Ginásio Tancredo Neves foram levados ao CRI. Além de indígenas Warao, também chegaram alguns indígenas da etnia Panare.

Chegada de novos imigrantes indígenas no CRI

Missionária da Fraternidade e um indígena Warao participaram de um evento com jornalistas na Universidade Federal de Roraima (UFRR) sobre sensibilização da mídia local com relação aos estrangeiros.

Caminhão carregado com alimentos e medicamentos saiu de Boa Vista em direção ao município de Pacaraima. Os materiais serão utilizados no atendimento dos indígenas Warao que estão nas ruas da cidade.

Juiz da Vara da Infância e da Juventude, esteve com sua assistente no abrigo para acompanhar a situação do local.

Quarta-feira 01 de novembro

Assinatura do acordo de cooperação

Missionários realizaram tarefas na nova configuração do CRI, agora somente com imigrantes indígenas.

“As famílias recém-chegadas relataram seus problemas, pediram ajuda com os filhos presos, pais e filhos que estão se drogando, e muitos problemas de saúde”, disse Alexandrina.

Realizados atendimentos médicos e testes de HIV no abrigo. Bebê de um ano de idade, que estava com diarréia, febre e diagnosticado com catapora, foi encaminhado para o hospital por um médico que prestava atendimento.

Assinado acordo de cooperação mútua entre a Fraternidade e a Defesa Civil de Roraima.

Quinta-feira 02 de novembro

Indígenas Panare fazendo artesanato

Distribuição de mosquiteiros no abrigo.

Encontradas pessoas alcoolizadas e ocorreram brigas entre famílias.

“Tivemos que afastar as crianças que presenciavam as brigas, e realizamos atividades para distraí-las”, disse Alexandrina.

Duas missionárias da Fraternidade tiveram atendimento com a médica da Rede-Luz.

Missionárias visitaram as crianças que foram atropeladas em Pacaraima e estão internadas em um hospital de Boa Vista. Foram verificadas também quais as necessidades das famílias das crianças.

Missionários começam a conhecer melhor os novos indígenas da etnia Panare que chegaram ao CRI.

“Percebemos que o artesanato dos Panares é diferente dos Warao. Eles fazem muitos arcos e flechas e utilizam tintas de tecido para pintá-los”, disse Cláudia, missionária da Fraternidade.

Sexta-feira 03 de novembro

Exposição de artesanato e arte dos Warao

Pela manhã, foram encontradas muitas pessoas alcoolizadas no abrigo. Foi necessário chamar a Polícia Militar para ajudar na retirada de garrafas de bebida no local.

Constatadas que cinco crianças estão com sintomas de catapora.

Início da exposição de artesanato Warao “Gente da Água em Movimento” na intendência da Orla de Boa Vista. Além dos artesanatos, também foram expostas pinturas, desenhos e fotos dos indígenas Warao. A exposição terá a duração de um mês, e quando terminar as peças serão colocadas à venda.

Padre do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJM-Brasil) visitou o abrigo para estudar a implantação de um projeto de educação.

Lavagem de cabelos das crianças

Sábado 04 de novembro

Missionários visitaram os bebês que estão nas barracas do abrigo, e também entregaram sacos vazios para o recolhimento do lixo e a harmonização dos ambientes.

Ajuda na entrega do desjejum e organização do local.

Atividade de harmonização dos dois containers que servem como escritório, setor de saúde, e local para água, lanche e guarda volumes.

Lavagem de cabelo das crianças e entrega de produto para a retirada de piolhos, com orientação para as mães.

Religiosa e duas voluntárias estiveram no abrigo, brincaram com as crianças e prepararam o lanche da tarde.

Domingo 05 de novembro

Entrega das carteiras da Acnur

Organização dos materiais utilizados nos artesanatos, com a relação de cada material e fichas das artesãs.

Entrega das carteiras de identificação que foram confeccionados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas par aos Refugiados (Acnur). Só poderão entrar no CRI pessoas com a carteira de identificação.

Artesanato e aulas

Durante toda a semana aconteceram reuniões com as mulheres para as atividades de artesanato de colares, pulseiras, saias e redes. Os imigrantes também tiveram aulas de violão, português e espanhol.

Obras

As obras de infra estrutura no abrigo continuaram durante a semana.