Missão Roraima Humanitária – Ucali, alma missionária

[fusion_vimeo id=”https://vimeo.com/228276110″ width=”350″ height=”200″ autoplay=”true” api_params=”” hide_on_mobile=”small-visibility,medium-visibility,large-visibility” class=””][/fusion_vimeo]

Segunda-feira 24/07 a sexta-feira 28/07

Transportando doações

A segunda-feira, 24, começou com a distribuição de roupas, calçados e kits de higiene para os imigrantes venezuelanos indígenas e os não indígenas recém-chegados ao CRI – Centro de Referência ao Imigrante, na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima, Brasil.

O representante da Associação do bairro onde fica situado o CRI, esteve no local e demonstrou preocupação com os venezuelanos que vagavam pelas ruas. Em seguida ele se ofertou para trabalhar como voluntário no abrigo algumas vezes durante a semana, o que ocorreu.

Representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) estiveram no abrigo e conversaram com os líderes indígenas para tratar da questão do trabalho com o artesanato com o Buriti.

Reunião na Universidade Federal de Roraima

Feitos encaminhamentos de famílias para a Pastoral Social da Igreja Católica.

Acompanhamento de quatro indígenas à Receita Federal do Brasil para tirar documentação.

No período da tarde houve vigília de oração no Núcleo-Luz de Figueira em Roraima.

Missionárias da Fraternidade se reuniram com reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e representantes da Acnur para resolver assuntos administrativos e firmar acordo de operação mútua com relação aos imigrantes venezuelanos.

Reparo no telhado

No dia seguinte, foi realizada uma reunião no Núcleo-Luz de Figueira em Roraima com uma voluntária estudante de jornalismo e pedagogia, que está pretendendo ampliar e organizar as atividades educativas no CRI e está criando um projeto com o Acnur.

No abrigo, o dia começou com oração com as crianças.

Três representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil, estiveram no CRI. Eles pretendem realizar um trabalho com relação à violência contra a mulher, atrelada ao consumo de drogas.

Missionários da Igreja Evangélica visitaram o CRI para saber das necessidades, onde podem colaborar, e deixaram doações.

Realizados reparos no telhado.

Reunião na Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro

No período da tarde, as missionárias da Fraternidade se reuniram na Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro, com a presença de um general e membro da Acnur. O assunto foi a compra de passagens para os missionários da Fraternidade.

De noite foi realizada a Reunião Semanal da Missão, com 15 participantes, sendo quatro da Ordem Graça Misericórdia, dois da Rede-Luz e nove missionários.


Na quarta-feira, 26, os missionários foram à maternidade da cidade de Boa Vista para buscar uma mãe com seu bebê que receberam alta.

Recebidas doações de alimentos (farinha, café, açúcar arroz e roupas) e muitas caixas de laranjas.

Aguardando refazer o almoço

Na quinta-feira, 27, foi realizada um reunião com os indígenas. Um dos pontos acordados foi deles não irem para as ruas pedir esmolas.

Neste dia o alimento disponível não foi suficiente para todos e muitos ficaram sem a refeição do almoço. A situação foi resolvida com a produção de nova refeição enquanto os imigrantes aguardavam no abrigo.

Voluntária da Igreja Metodista colaborou na escolinha, levando tarefas, pinturas e lanches.

Imigrante venezuelano recém-chegado ao CRI, teve seus pés tratados, pois estavam feridos por causa de longas caminhadas. O curativo foi trocado no dia seguinte, com a ajuda de duas crianças.

Crianças jogaram bola, apesar da forte chuva que caía.

Atendendo imigrante ferido


A sexta-feira, 28, iniciou com a chegada de novos alimentos para suprir o depósito do abrigo.

Foi aumentada a quantidade do arroz preparado no almoço e feita a coleta de quatro caixas de frutas.

Grupo de mulheres se reuniram para trabalhar artesanato de miçangas e costura das saias.

Realizada inscrições de novos imigrantes no abrigo, e feita a limpeza da fossa.

Ações de saúde

Durante a semana foram realizados diversas ações de saúde no abrigo, como atendimentos básicos de saúde, dermatológicos e psicológicos, e a entrega de kits de higiene.

Crianças com asma fizeram nebulização.

Professor de enfermagem da UFRR e equipe, juntamente com grupo da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), realizaram atendimentos de saúde com os imigrantes, com o registro dos pesos e medidas das crianças.

Aulas de costura e bijuterias

Atividades de educação e recreação

Brincadeiras de corda com as crianças.

Aulas para crianças e jovens ocorreram diariamente durante a semana, organizadas pelos membros da Ordem Graça Misericórdia e voluntários.

Diálogo e orientação para mães de recém-nascidos.

Aulas de bijuterias e costura, e apresentação dos trabalhos de costura que são produzidos no abrigo, com apoio de voluntárias.

Imprensa

Durante a semana várias equipes da imprensa estiveram no abrigo.

O canal de notícias GloboNews fez transmissões ao vivo e realizou reportagens e entrevistas.

Equipe de TV da Alemanha e TV Roraima realizaram reportagens.

Ucali

Ucali – alma missionária

Durante alguns dias da semana, os voluntários da Fraternidade que prestavam atendimentos de saúde no abrigo perceberam a companhia de uma criança indígena, que se ofertava constantemente para ajudar nas tarefas. Seu nome é Ucali, uma criança Warao de 6 anos de idade.

“Sempre sorrindo ela pedia para ajudar e levava os medicamentos para os pacientes e sempre se encontrava por perto. Certo dia recebemos uma doação grande de laranjas, e tínhamos dois adultos fazendo a distribuição. Ucali chegou e ajudou a distribuir as laranjas para crianças e adultos. Somente no meio da tarefa, depois de ter distribuído muitas doações, ela parou e perguntou para mim se ela poderia pegar uma laranja para ela. Notei que ela pensou nela somente depois de ter distribuído muitas laranjas para os irmãos. Ela entrou na tarefa junto com os missionários”, disse Renata, colaboradora da Rede-Luz.