A Missão Roraima Humanitária, campanha realizada pela Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, iniciará uma nova forma de assistência aos refugiados venezuelanos que se encontram no norte do Brasil. A mesma deixará de se concentrar nos refugiados que atualmente se alojam no Centro de Referência ao Imigrante (CRI) e ficará disponível para apoiar todos os que se encontram em diferentes cidades do Estado de Roraima.
A mudança se dará a partir do próximo dia 15 de abril, data em que a Secretaria da Defesa Civil de Roraima desativará o CRI, um albergue temporário para refugiados venezuelanos que funciona em um ginásio municipal de Boa Vista desde o dia 27 de Dezembro de 2016, e conta com a cooperação da Fraternidade.
Nesta nova etapa, a Fraternidade assumirá a administração do programa de ajuda aos refugiados venezuelanos no Estado de Roraima, e passará a oferecer alimentos, vestimentas e apoio para a legalização deles no território brasileiro. Para isso habilitará uma casa em Boa Vista, capital de Roraima, onde os imigrantes poderão chegar em busca de assistência.
“Estamos diante de um novo desafio que requererá o apoio de todos os que queiram participar desta tarefa, seja como voluntário ou com sua colaboração material ou financeira”, destacou Ricardo Baumgartner, um dos gestores da Fraternidade e responsável pelo setor de Missionários da instituição.
Reunião informativa
Em reunião celebrada em 3 de março, a coordenação da Defesa Civil de Roraima comunicou à Fraternidade que iniciou a desmobilização do CRI, onde estão alojados mais de 200 imigrantes, em sua maioria indígenas da etnia Warao. Os nativos serão remanejados a diferentes assentamentos indígenas do Estado de Roraima e os não indígenas serão incorporados legalmente ao mercado de trabalho brasileiro.
“Parece que o processo está sendo conduzido de forma adequada. No caso dos indígenas, conta com o acompanhamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), com o objetivo de fornecer um espaço onde possam encontrar moradia adequada e condições para desenvolver suas tarefas de artesanato, plantio, caça e pesca”, destacou Ricardo.
“Para os não indígenas estão sendo feitas as tramitações com a Polícia Federal para a regularização de sua estadia no território brasileiro, o que os permitirá obter permissão legal para trabalhar no Brasil. A maioria são jovens com grande disposição para o trabalho”, prosseguiu.
Esta nova fase da Missão Roraima Humanitária seguirá contando com o apoio dos missionários da Fraternidade, de monjes da Ordem Graça Misericórdia e de voluntários da Rede-Luz de Roraima. A assistência aos imigrantes não mais incluirá alojamento mas sim a cobertura das demais necesidades básicas. Também continuará respaldando aos indígenas Warao que sejam realocados em comunidades indígenas brasileiras.
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