Uma comissão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi enviada à Roraima para acompanhar a situação dos refugiados que todos os dias atravessam as fronteiras da Venezuela com o Brasil em busca de novas oportunidades.
A comissão especial teve como objetivo fazer um relatório que ajude o Fórum Nacional da Infância de Juventude a traçar novas metas e encontrar soluções incluindo os imigrantes que estão em território brasileiro. Os integrantes foram recebidos na base do exército pelo Coronel Cinelli que fez uma apresentação geral sobre a Operação Acolhida e as ações das Forças Armadas e demais organizações que atuam em parceria no enfrentamento da grave crise humanitária que está acontecendo na região Norte do país. Em seguida, o grupo partiu para o posto de triagem para conhecer de perto a ação de documentação e processo de interiorização.
Também foi discutido o crescente número de haitianos que migraram para Roraima nos últimos anos – só no ano passado cerca de 13 mil imigrantes provenientes do país caribenho vieram para o Brasil pela fronteira da Guiana Inglesa. Os membros da comissão acreditam que apesar do foco principal ser a infância e a juventude, o contato com a situação dos imigrantes e refugiados é importante.
Ainda acompanhados pelo Coronel Cinelli, a comissão percorreu pelo posto de triagem e demais instalações da Operação Acolhida, conhecendo também o hospital, montado de forma provisória. No posto de triagem têm sido feitos aproximadamente 1900 atendimentos por dia.
Em seguida, o grupo seguiu até Pacaraima para conhecer o abrigo indígena Janokoida, que é gerenciado pela Fraternidade – Federação Humanitária Internacional.
Lívia Peres, Juíza Federal em auxílio ao CNJ, vê a necessidade de se criar boas estratégias visando o combate da desigualdade e o desenvolvimento dos imigrantes.
“Há uma demanda específica no Fórum Nacional da Infância e Juventude para se pensar em uma solução para o problema que está sendo discutido. Daí a necessidade de alguns integrantes do Fórum visitarem Boa Vista e Pacaraima para termos uma noção exata da situação e dos problemas que estão sendo enfrentados pelos venezuelanos.”
Luciano Frota, conselheiro da Comissão, diz ter ficado impressionado com a organização e a dedicação da Operação Acolhida através das forças armadas e suas demais parceiras que estão atuando na região. “A humanidade é uma só, não são as fronteiras e os limites entre os países que podem definir onde as pessoas têm ou devem ou não ficar”, concluiu.
A Fraternidade Humanitária Internacional FFHI trabalha em sinergia com a Operação Acolhida e demais organizações humanitárias que atuam no acolhimento e suporte aos imigrantes e refugiados na região norte do país.
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