Dia Internacional da Fraternidade Humana é celebrado em 4 de fevereiro

Fraternidade – Federação Humanitária (FFHI) – Uma organização a serviço da fraternidade como o próprio nome diz Fraternidade, do latim frater, significa “irmão”. Imbuída do espírito fraternal e altruísta, nasceu a Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), que acolhe todos os credos, culturas e religiões e dissemina a fraternidade entre todos os Reinos da Natureza.

O gesto fraternal está expresso nas ações desenvolvidas pelaFraternidade – Federação Humanitária (FFHI), que criou a filiada Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais (FMHI), para atuar no serviço humanitário internacional e, por meio da dedicação altruísta de seus servidores, presta assistência humanitária às pessoas em situações de risco, de vulnerabilidade socioeconômica e de emergência.

Dois projetos com atividades ligadas à educação elucidam as ações desenvolvidas pela Fraternidade – Missões Humanitárias (FMHI): a Missão Roraima Humanitária, por meio das atividades desenvolvidas pelo Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI), e a Missão Angola Humanitária.

As Missões exprimem aspirações de fraternidade na construção da cultura de paz.

O gestor de Educação em Emergência da Fraternidade – Missões Humanitárias (FMHI), Anderson Santiago, ressalta suas impressões sobre a fraternidade no contexto da educação: “Estar presente e estender a mão, o olhar ou um item necessário ao outro, como quem diz: ‘sigamos caminhando’. Como irmãos, nesta grande família humana, poderemos multiplicar atos de amor, compartilhando o que temos de mais valioso: uns aos outros.  Demonstrando que a educação é chave para o encontro consigo mesmo, ainda que em situações de emergência. Um poeta disse ‘eu é o outro´. É esta a importância da fraternidade: uns pelos outros, pelo Bem Comum”.

Frei Thomas, assistente de Direção Regional da Missão Roraima Humanitária, comenta sobre a corresponsabilidade na busca pelo bem comum acerca dos desafios vivenciados no processo de migração venezuelana e do acolhimento aos indígenas:  “São grupos de uma cultura singular, com sua diversidade cultural e vulnerabilidade e ‘ter que adaptar’ no espaço urbano em território brasileiro é uma situação complexa. A busca de desenvolvimento e de soluções duradouras para os migrantes nos permite estar imanados sem fronteiras, sem diferenciação cultural e com este espírito de buscar a reconstrução deste vínculo como família, sempre respeitando os valores, a origem, a cultura e, a partir disto, construindo os vínculos de serviços, de fraternidade dentro da resposta humanitária”, reflete.

Para Frei Thomas, a fraternidade abarca um senso de compromisso e de pertencimento – compromisso com o bem comum, com o outro, com o planeta como uma casa, que abriga todos os seres. “Isto nos une em torno de um projeto de construção de um mundo novo, porque a fraternidade, o amor, o perdão, a capacidade de estar junto traz de forma muito forte os princípios que nos unem como irmãos, que é o sentido da palavra fraternidade. São valores e princípios seguidos pela Fraternidade – Federação Humanitária (FFHI) em todas as suas filiadas na sua tarefa de serviço, seja humanitário, ou mesmo no âmbito social”, enfatiza.

E prossegue: “Responsabilidade pelo bem, pela paz, da construção coletiva das sociedades por um mundo melhor, onde as pessoas se respeitem, se tolerem e que possam reconstruir esta ideia de uma família planetária, universal, de um sentido de irmandade, que atravessa todos os povos, raças e culturas em torno de um destino comum”.

Uma data para ser lembrada

Em um outro contexto geográfico e de demanda humanitária, Madre Teresa, monja da Ordem Graça Misericórdia e servidora humanitária, que integra a Missão Angola, comenta sobre o fazer fraterno: “Colaborando no desabrochar de potenciais e tornando o cotidiano um campo de novas descobertas através de atividades que estimulam a criatividade, a alegria, a mansidão e, consequentemente um campo relacional pautado na cooperação e na solidariedade”.

“Fraternidade é a âncora da salvação da humanidade… Ou somos irmãos ou tudo desaba”. São palavras do Papa Francisco. Em 4 de fevereiro de 2019, Sua Santidade e o Grão Imã de Al-Azhar, Sheikh Ahmed El Tayeb, assinaram o documento histórico denominado “Fraternidade Humana para a Paz Mundial e para a Coexistência”, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Um ano depois, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 4 de fevereiro Dia Internacional da Fraternidade Humana, no primeiro ano da crise global de saúde, gerada pela Covid-19.

Na celebração da data em 2022, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez uma reflexão sobre a importância da compreensão cultural e religiosa e do respeito mútuo entre os povos. Disse ele: “Sou grato aos líderes religiosos de todo o mundo que estão dando as mãos para promover o diálogo e a harmonia inter-religiosa”. Ele fez referência ao documento de coautoria do Papa Francisco e do Grão Imã de Al-Azhar, Sheikh Ahmed El Tayeb, referindo-se a ele como um modelo de compaixão e solidariedade humana. “Precisamos desse espírito mais do que nunca”, enfatizou.

Na sua fala, destacou o aumento do discurso de ódio, intolerância, discriminação e até dos ataques físicos contra pessoas por causa de sua religião ou crença, etnia, gênero ou orientação sexual e classificou estes atos ‘hediondos’ como violações dos direitos humanos e afrontas aos valores das Nações Unidas.