Missão Roraima Humanitária – encontro em Manaus

Segunda 12/06 a 18/06 domingo

A semana começou com uma oração grupal no abrigo com a presença de membros do monastério da Ordem Graça Misericórdia.

Encontro sobre Política Migratória
Dois missionários da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional seguiram para a cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, para participar do “Encontro Estadual sobre Política Migratória no Amazonas”, que ocorreu nos dias 13 e 14. O evento teve a participação de diversos órgãos do governo estadual e federal, e instituições nacionais e internacionais de direitos humanos e ajuda humanitária.
O objetivo foi discutir e encaminhar propostas para implementação da política de migração naquele estado. Entre outros assuntos, foram discutidas a nova Lei de Migração no Brasil e o direito internacional dos refugiados.
Durante o encontro, imigrantes de Cuba, Colômbia, Venezuela e Haiti fizeram um relato de suas experiências no país.

“Foi um momento muito produtivo onde pudemos fazer este contato com as autoridades do Amazonas que estão lidando com a questão da imigração venezuelana e com os órgãos que cuidam da saúde. A maioria destes imigrantes passaram pelo abrigo em Roraima e com este novo canal aberto poderemos monitorar o translado deles e a situação da saúde, especialmente das crianças”, disse Clara, missionária da Fraternidade.

Abrigo em Manaus
Os missionários que participaram do encontro visitaram e conheceram a estrutura do abrigo dos imigrantes venezuelanos na cidade de Manaus, que tem capacidade para até 300 pessoas. O abrigo é administrado pelo governo estadual e possui 16 funcionários trabalhando no local. As acomodações são feitas por meio de redes instaladas em armações (chamados de redários) dentro de cinco quartos montados em um ginásio.

“Fizemos contato com as equipes que estão gerenciando este abrigo e partilhamos informações que levaremos para o abrigo em Roraima. Também reencontramos muitos indígenas Waraos que estavam em Boa Vista, foi um momento muito feliz de confraternização”, disse Clara.

Atualmente cerca de 240 imigrantes venezuelanos da etnia indígena Warao vivem em cinco prédios do centro de Manaus. Eles serão realocados para abrigos assim que o governo do estado receber a verba do governo federal.

Na quinta-feira, 15, o almoço no CRI – Centro de Referência ao Imigrante, na cidade de Boa Vista, estado de Roraima, foi ofertado por um grupo da maçonaria.

Realizada nova reunião com os líderes indígenas sobre pequenos furtos que estão acontecendo no abrigo.

Médica dermatologista realizou 36 atendimentos de refugiados com problemas de pele. Padre da pastoral universitária e representante da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil (Unisol Brasil) visitaram o CRI para futuras colaborações. Membro do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), acompanhado de arquiteta, também visitou o CRI para ver o projeto de reformas do local.

A sexta-feira, 16, iniciou com oração e distribuição das tarefas de limpeza dos ambientes do abrigo. Foram realizadas atividades com as crianças e atendimentos de saúde. Várias pessoas visitaram o CRI durante o dia e ofertaram trabalho voluntário e alimentos. No período da tarde, os missionários se reuniram, via internet, com representantes da Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento, que quiseram saber como era o trabalho da Fraternidade com os imigrantes venezuelanos.

No sábado, 17, pela manhã, foi feita a atividade de captação de alimentos em supermercados e na Feira do Produtor da cidade de Boa Vista. No período da tarde foi realizada reunião com as mulheres do abrigo sobre o hábito de pedir esmolas e as alternativas para evitá-lo, como a confecção e venda de artesanatos. Foram distribuídos leite em pó e produtos de higiene.

Ainda no período da tarde, o grupo assistiu no Núcleo-Luz de Figueira em Roraima a partilha de Trigueirinho transmitida via internet. Em seguida participaram do encontro do coral, com residentes, membros do monastério e colaboradores.

O domingo, 18, foi dia de restauro, harmonização da Casa de São José e de organização de doações para distribuição.