Missão Roraima Humanitária – notícias de 11 a 13/04

Terça 11 a 13 quinta

Na terça-feira pela manhã, um refugiado da Venezuela que coordena uma associação de venezuelanos no Brasil foi ao CRI – Centro de Referência ao Imigrante, e apresentou uma lista de contatos de famílias que vieram daquele país e que vivem atualmente na cidade de Boa Vista. A proposta é reunir estas famílias para que recebam assistência.

“É uma aspiração da Fraternidade ampliar esta tarefa de ajuda aos refugiados que não estão no abrigo, e com estes contatos será possível aprofundar esta tarefa”, disse Cláudia, missionária da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional.

Primeiro dia de atuação da nova equipe de missionários que chegou em Boa Vista. O grupo foi ao abrigo e verificou sobre as tarefas que serão assumidas.

Representante da Secretaria do Índio de Roraima esteve no CRI e conversou com os Waraos sobre a situação deles depois da última reunião com as instituições do governo e organizações não governamentais. Foi discutido sobre quais indígenas querem se fixar na cidade de Boa Vista e as próximas ações necessárias para que isto ocorra.  Antropólogo do Ministério Público Federal que estava no CRI irá ajudar os indígenas a se reunirem e organizarem para levar adiante este desejo de permanecer no Brasil.

Na quarta-feira, 12, foi realizada uma reunião entre a Fraternidade e membros da Defesa Civil de Roraima sobre atualizações e a mudança da coordenação do CRI, que será assumida por outro missionário da Fraternidade devido ao revezamento de equipes. Foi confirmado o papel do CRI, que é de um abrigo permanente de passagem de venezuelanos de forma transitória. “Retornando ao CRI quase três meses depois, verifiquei que quase não estão mais as mesmas pessoas, o que demonstra que o local está sendo utilizado como lugar de chegada,  acomodação e encaminhamento dos imigrantes para uma vida com melhores condições”, disse Imer, missionário da Fraternidade.

Reunião da Fraternidade com membros da Universidade Federal de Roraima (UFRR), para estabelecer um acordo de trabalho para que professores e alunos possam estar no CRI e oferecer aulas de idiomas, assistência jurídica e questões culturais para recuperar as raízes deste povo indígena.

“Estamos vendo a possibilidade de que a comunidade indígena Warao se reconheça a si mesmo como uma comunidade estável, para a partir daí poder iniciar um trâmite mais formal de solicitação de algum terreno ou benefício para evitar que sejam um grupo nômade”, observou Imer.

Realizada primeira ação com a associação de venezuelanos no Brasil. Foi constatado que vivem cerca de 350 pessoas em diferentes bairros da cidade de Boa Vista. A Fraternidade esteve em um bairro da cidade e distribuiu alimentos e roupas para 50 pessoas que representavam diversas famílias.

No dia 13, chegou ao CRI um casal de refugiados da Venezuela com a esposa grávida. Eles vieram de Caracas, deixaram a capital devido ao agravamento da situação no país. O casal recebeu abrigo no CRI e foi encaminhado à Polícia Federal para regularizar a situação no Brasil.

Imprensa e membros do Ministério Público Federal estiveram no CRI para coletar informações, depois da divulgação oficial do encerramento do Gabinete de Gestão Integrada. O CRI continuará suas atividades com o trabalho da Fraternidade e com o apoio da Defesa Civil de Roraima.

Realizado levantamento das condições sanitárias do abrigo, como higiene e limpeza do local, para ver as necessidades e solicitar intervenção pública. Foi constatado esgoto a céu aberto e a inadequada situação dos banheiros, que estão deteriorados após meses de uso.

Recebidas cerca de 700 quilos de alimentos perecíveis (legumes, frutas e verduras). Foi realizada triagem dos alimentos, uma parte ficou no abrigo e outra foi distribuída para famílias da associação dos venezuelanos no Brasil.

Realizada missa da Semana Santa no CRI.