Entre os dias 15 a 19 de agosto, foi realizada de forma presencial uma nova oficina de capacitação no Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI). Financiada pela Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (FUPAD) e ministrada pelo Instituto Evaldo Lodi (IEL), teve como objetivo fornecer informações e conhecimentos básicos sobre a organização de pequenas e médias empresas (PMEs) com base em conceitos e modelos como o Canvas.
Destinava-se principalmente aos indígenas das etnias Warao, Taurepang, Akawaio e Kariña, que já haviam participado de cursos anteriores promovidos pelo CCFI, como Corte e Costura, Calçados, Panificação, Doces e Salgados e Cabeleireiro, e que mostraram interesse em montar suas próprias empresas.
O grupo foi formado por 17 alunos e um professor do IEL, com o apoio de dois membros da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI).
![Curso sobre Empreendedorismo](https://www.missoeshumanitarias.org/wp-content/uploads/2022/09/Empreendedorismo_Migrantes_refugiados_CCFI_FFHI_4.jpg)
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Resultados Alcançados
- O início de uma mudança na mentalidade dos participantes que passaram a se perceber não apenas como beneficiários e estudantes, mas também como empreendedores.
- Impulsionou a consolidação e fortalecimento dos empreendedores e aspirantes a empreendedores que estão sendo acompanhados pela equipe, e constitui um passo importante nessa trajetória, que continua com a inauguração de um novo espaço de empreendedorismo no CCFI, o Espaço Arintak – Incubadora de Empreendimentos Indígenas.
Quando perguntada sobre sua experiência como docente, a professora Jakeline Rodríguez nos disse que, para ela, “tem sido um privilégio, tanto conhecer o CCFI quanto conhecer esse maravilhoso grupo de empreendedores indígenas que realmente têm um propósito na vida, muito desejo, muita vontade e muita determinação para crescer. Foram 5 dias maravilhosos. E acho que esse tipo de treinamento deve ser contínuo, porque muitos empresários não conseguem desenvolver seus negócios por medo, falta de conhecimento e, muitas vezes, por falta de orientação”.
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Finaliza enfatizando: “É por isso que eu aplaudo a iniciativa do CCFI de trazer parceiros para ajudar e trazer ferramentas para cada um dos empreendedores. Podem contar com a Publigráfica 2021 para todos os projetos que a Fraternidade – Humanitária (FFHI) tem para desenvolver o espírito empreendedor”.
Perguntado sobre sua experiência e sua vivência durante o curso, o estudante indígena Warao Ángel Silva disse que estava muito agradecido porque “como povo indígena, será útil para o amanhã”.
Ángel Silva também agradeceu à Fraternidade – Humanitária (FFHI) porque sempre os acompanha. E ele continua: “Sempre guardaremos esta experiência em nossos corações e mostraremos na rua o aprendizado que recebemos durante esta formação. Continuaremos lá, para garantir que tudo corra bem, porque é o nosso futuro. Primeiro temos que nos capacitar para depois poder executar. Temos que aprender a pensar por nós mesmos e por nossos irmãos e irmãs indígenas e não indígenas e depois colocá-lo em prática, que é o que a família e a sociedade precisam”.
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