O curso Microempreendedor Individual, promovido por meio do esforço conjunto entre o Instituto Federal de Roraima (IFRR) e a Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), ocorreu no período de 26 de setembro a 12 de dezembro de 2022, reunindo 24 indígenas das etnias Taurepang, Warao, Wapixana, Macuxi, Ye’kwana e Kariña. Os participantes foram selecionados e indicados pelo Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI) entre beneficiários que já estavam iniciando seu próprio negócio ou que tinham interesse em empreender.
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Conforme o instrutor do curso, Edmar Augusto Oreano, professor formador do IFRR, esta capacitação teve importância significativa, pois é direcionada para um público que precisa de um conhecimento mais profundo sobre empreendedorismo e comercialização. O curso teve cem por cento de aproveitamento, com muita dedicação e interesse, sendo que cerca de 90% dos participantes vão sair direto para a aplicação dos conhecimentos, pois já possuem algum pequeno empreendimento que pode ser melhor estruturado ou expandido. E os que ainda não possuem, saíram motivados para iniciar seu próprio negócio.
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A capacitação teve como foco a possibilidade de expansão de pequenos empreendimentos, com temas como marketing, redes sociais, técnicas de comercialização e negociação, linhas de crédito e educação financeira. A finalização das atividades ocorreu com a elaboração e exposição de planos de negócio, além de apresentações culturais das seis etnias participantes.
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Katiane da Silva de Souza, indígena Macuxi da comunidade Maturuca, Terra Indígena Raposa Serra do Sol, município Uiramutã, Roraima, Brasil, declarou que o curso foi importante para aprofundar e aprimorar muitas questões que são necessárias para abrir um negócio. Alguns participantes já estavam com atividades em andamento, mas faltavam mais informações para expandir.
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Além da troca de conhecimentos com o professor, ocorreu o intercâmbio entre seis etnias diferentes, com apresentação de trabalhos, interação e trocas de saberes de forma prática. Katiane acrescentou ainda os efeitos que podem ser levados para as comunidades: “Na comunidade fazem muito artesanato, mas falta esse tipo de conhecimento de como fazer um negócio e expandir. Isso é muito importante para nós, mulheres, pois estamos precisando de formas de geração de renda. Antes de eu terminar o curso já estavam me procurando, querendo fazer parceria e trabalhar junto.”