Encontro amplia diálogo sobre integração local de crianças, adolescentes e jovens migrantes e refugiados

Por iniciativa da INEE – Rede Interinstitucional para a Educação em Situações de Emergências e com a condução da Fraternidade – Missões Humanitárias (FMHI), aconteceu no dia 15 de outubro o “Meet-up INEE Brasil”, com o seguinte tema: “Desafios, boas práticas e perspectivas para a integração local de crianças, adolescentes e jovens migrantes e refugiados”.

Responsável pela realização do evento, a Irmã Maria de Lourdes, monja da Ordem Graça Misericórdia, considerou que “Foi um encontro muito importante, pois hoje enfrentamos no Brasil uma situação educacional muito desafiadora com relação à migração venezuelana”.

O encontro que teve como objetivo abrir um espaço de relacionamento entre os participantes para que estes possam partilhar ideias e experiências acerca do tema, contou com a participação de 52 pessoas.

Entre os participantes estão missionários da FMHI,  integrantes da Rede-Luz , membros do INEE e convidados de instituições parceiras, como Stela Damas, Diretora do CEFORR – Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação de Roraima, que ponderou:  “a discussão é muito importante para todos nós que estamos vivendo esse momento atípico, em que não temos um precedente anterior de como dar o devido direcionamento”. 

Entre os desafios enfrentados para o correto acolhimento dessa delicada população estão as diferenças de idioma, cultura e de aprendizado, conforme explica a Irmã, “o processo de acolhimento e integração das crianças, adolescentes e jovens venezuelanos é desafiador tanto para as famílias migrantes e refugiadas quanto para as escolas que precisam passar por um processo de adaptação, sensibilização e de preparação para receber crianças que falam outro idioma, que têm outros costumes.”

Fazer frente a todos esses desafios requer união de esforços e estabelecimento de parcerias, como bem destacou Stela, “nós pudemos ter um panorama geral de quais são as instituições e de que maneira essas instituições estão intervindo nesse processo”. E concluiu: “foi muito positiva a nossa participação, para podermos cada vez mais fortalecer essa rede de apoio e proteção às crianças e adolescentes imigrantes”.

Num momento em que a crise humanitária se avoluma, ao mesmo tempo em que o mundo vive o desafio frente a uma pandemia, fortalecer as relações e ampliar os espaços de discussões colabora muito para o amadurecimento de todos os envolvidos, como resume a Irmã Maria de Lourdes: “Esses encontros servem de espaços onde criamos possibilidades de diálogos que nos ajudam a pensar caminhos para apoiar tanto as famílias, quanto os profissionais da educação que estão diante desses desafios da educação nesse atual momento da migração e de pandemia.”