Domingo 28/05 a 31/05 quarta
No domingo, 28, o grupo permaneceu na Casa de São José realizando tarefas de harmonização e outras relacionadas à missão, como a atualização do censo, a separação de roupas para doação e a organização da secretaria.
No final da tarde, os missionários foram até o Núcleo-Luz de Figueira em Roraima para participar do encontro do Coral do Núcleo-Luz. Após o encontro, uma parte do grupo de missionários foi até o abrigo, onde participou de uma reunião com a Defesa Civil e os imigrantes, na qual foi tratada da questão dos refugiados que devem deixar o local.
A segunda-feira, 29, iniciou com a visita de um pastor da Igreja Batista que obteve informações sobre a situação dos imigrantes e em seguida ofereceu a doação do jantar para aquela noite.
Um professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR), esteve no Centro de Referência ao Imigrante (CRI), para organizar as aulas de português que ele ministra no local.
Feita a distribuição de kits de higiene pessoal para os venezuelanos e visita de uma equipe de TV da Assembleia Legislativa de Roraima, que produziu uma reportagem sobre os imigrantes. No período da tarde, o juiz e o promotor da Infância e da Juventude de Roraima se reuniram com os missionários da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, para saber da situação das crianças no abrigo.
Força tarefa
Na terça-feira, 30, pela manhã, os missionários da Fraternidade participaram de uma reunião na Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social de Roraima (Setrabes), com representantes da Defesa Civil de Roraima, das Secretarias Estaduais, Ministério da Saúde, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Foi abordado a questão dos venezuelanos que estão em Boa Vista e em Pacaraima, feitos os primeiros ajustes e agendado o encontro de um primeiro grupo de trabalho que irá definir os assuntos concretos de ajuda a esses imigrantes.
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No período da tarde, o mesmo grupo esteve no abrigo e conversou com os refugiados venezuelanos indígenas e não indígenas para saber de suas necessidades. Em seguida, a equipe foi até a casa de um venezuelano que criou a Associação dos Venezuelanos no Brasil, e que tem cadastradas 250 famílias de venezuelanos que vivem atualmente na cidade de Boa Vista.
Voluntária que faz acompanhamento de saúde levou uma indígena grávida para uma consulta. “Essa participação dos voluntários aqui de Boa Vista está sendo preciosa, pois a equipe de missionários não consegue abarcar tudo, já que um acompanhamento de saúde pode levar uma manhã ou até um dia inteiro”, disse Cláudia, missionária da Fraternidade.
Visitaram o CRI um pastor de Igreja Evangélica e dois padres da Igreja Católica.
Reunião em Pacaraima
No último dia do mês de maio, a mesma equipe da força tarefa que se reuniu no Setrabes se deslocou para a cidade de Pacaraima e reuniu-se com o Prefeito da cidade, membros do Exército Brasileiro e representantes indígenas. Após a reunião, a equipe foi dividida em três: uma para ver questões administrativas, outra para as de saúde e uma terceira equipe para as questões do abrigo dos imigrantes, tendo a Fraternidade participado desta última.
A cidade já conta com um local e um projeto para serem instalados um abrigo para os imigrantes venezuelanos indígenas, com potencial para 40 barracas, que serão montadas pelo Exército Brasileiro, com capacidade para 8 pessoas cada.
O grupo foi até o local do futuro abrigo, um antigo galpão do departamento de trânsito, e também visitaram o Terminal Rodoviário da cidade para ver as condições dos imigrantes que lá se encontram.
Neste mesmo dia, os missionários foram até o escritório da Receita Federal em Pacaraima para saber da possibilidade e como seria o processo de receber como doação, cargas apreendidas (alimentação, produtos de higiene, móveis e veículos) na fronteira.